Apita o juiz, começa a partida. O Teatro Waldemar Henrique, no coração de Belém, será transformado em um centro de informação, mobilização e criação coletiva da Central da COP durante as duas semanas da COP30, em novembro. A programação gratuita ficará aberta ao público com exposições e palestras que vão misturar comunicação climática, arte, educação e engajamento popular.
Organizada pelo Observatório do Clima, a Central da COP será um ponto de encontro das vozes locais, garantindo a escuta das vivências amazônicas para além do espaço diplomático. Todas as atividades serão abertas ao público e pensadas com a linguagem acessível característica da Central, que trata a COP como um campeonato decisivo para o futuro da humanidade.

No próximo dia 23 de julho a Central da COP fará uma imersão no teatro, em Belém, para definir a programação de novembro
No espaço do Teatro Waldemar Henrique, a Central vai reunir atividades culturais, rodas de conversa, oficinas, exposições e transmissões ao vivo. Lideranças, ativistas, artistas e comunicadores de diferentes regiões do país passarão por lá para conversar sobre justiça climática. A cessão do espaço, um dos mais tradicionais de Belém, foi feita a partir de um acordo com a Fundação Cultural do Pará, órgão do governo do estado.
A programação se dividirá em dois atos. Ao longo da primeira semana, entre os dias 10 e 16 de novembro, as atividades terão foco em temas como transição energética justa, águas doces e costeiras, gênero e raça, justiça e educação climática. Neste período, o público poderá participar de mesas redondas, conversas, ativações artísticas, atividades para crianças, apresentações culturais e performances.
Já na segunda semana, de 17 a 21 de novembro, a programação será voltada a temas como floresta, fogo e biodiversidade, soberania alimentar e vozes do território, culminando em uma cerimônia de encerramento no dia 21. A programação específica, com os nomes dos participantes, será divulgada mais adiante. No próximo dia 23 de julho, a Central da COP fará uma imersão no próprio teatro, justamente para definir em detalhes a programação. A atividade contará com a presença de artistas de Belém, representantes de organizações socioambientais do Pará e dos outros estados da Amazônia, além das organizações da rede do Observatório do Clima.
“A Central da COP busca não apenas informar, mas mobilizar e engajar, e de forma leve e bem humorada, para que o debate sobre as mudanças do clima atinja um público mais amplo”, diz Joana Amaral, coordenadora de Mobilização do Observatório do Clima. “Ao ocupar esse espaço simbólico, no centro da cidade, queremos criar pontes entre os debates internacionais e as preocupações cotidianas da população de Belém e de toda a Amazônia.”